Detalhes de Portugal: como algumas palavras podem atrapalhar negociações de brasileiros no país europeu

Morar em Portugal é o sonho de muitos brasileiros, mas nem todos conseguem, de fato, ir para lá e se adaptar. Afinal, mesmo com tantas semelhanças com o Brasil, o país europeu tem particularidades que precisam ser avaliadas antes de investir em uma mudança. E foi exatamente por estudar o local para onde estava indo, que a empreendedora e designer de interiores Cristiane Carvalho, que vive em Setúbal, há três anos, conseguiu se estabelecer desde o início em terras lusitanas

Hoje, ela tem uma empresa que atua auxiliando brasileiros , fazendo pesquisa de mercado, decoração do novo lar ou negócio, reforma com processo de chave na mão, assessoria onde o cliente recebe o imóvel ou ponto comercial. Ela faz ainda um pré-estudo de mercado para avaliação de compra e venda de imóveis, com uma equipe especializada em parceria para esse suporte direto.

Um detalhe importante lembrado pela empresária é que muitos brasileiros, por acharem o idioma parecido, acabam não entendendo muitas vezes os contratos na hora de adquirir ou alugar um imóvel e isso pode gerar problemas ao fechar o negócio: “Uma das partes que mais impactam brasileiros na hora da mudança é o entendimento de algumas palavras que são bem diferentes do outro lado do Atlântico”, pontua.

Abaixo, ela traduz em tópicos alguns dos termos mais usados pelo mercado imobiliário português para que seus conterrâneos não se percam na hora de escolher onde viver ou abrir seu negócio. Confira:

1 – T0, T1 ou T2:
T0 é a designação usada para uma kitnet, ou seja, não possui quartos separados (conjugado); T1 é uma casa/apartamento que possui um quarto (além da sala); T2 é uma casa/apartamento que possui dois quartos (além da sala) e assim por diante.

2- Recuperador de calor:
É um equipamento com funcionalidade semelhante às lareiras, que possibilita esquentar o ambiente, distribuindo calor pelos espaços da casa e reaproveitando para receber melhor rendimento.

3- Esquentador:
Aquecedor a gás que permite aquecer água do banheiro. 

4 – Estores:
É semelhante às persianas e são uma ótima opção para o controle térmico e da iluminação nas moradias portuguesas. As cortinas são lisas e com um mecanismo para subir e descer.

5 – Assoalhada:
Qualquer cômodo da casa que não seja a despensa, a cozinha, o banheiro, ou o hall. Em geral são os quartos.

6- Betão:
Ao fazer um rebaixamento de gesso é muito importante avaliar se o teto é de “betão”, ou seja, concreto, ou pura “tijoleira”.

7- Casas Caramelas:
As clientes portuguesas usam essa expressão quando querem uma reforma e querem algo com charme. “Quero uma casa menos caramela”, ou seja, “menos sem graça”.

8- Autoclismo:
É a descarga do vaso sanitária, ou melhor, bacia sanitária.

9- Frigorífico:
Não é destinado às carnes, mas, sim, uma geladeira comum.

10- Freguesia:
É o nome dado à menor região administrativa de Portugal. Fica abaixo de Concelho, que é sinônimo de Município. Seria uma nomenclatura mais abrangente para o que chama-se  bairro no Brasil.

Sandra Piscitelli

Nascida em 13 de novembro no bairro da Tijuca, cidade do Rio de Janeiro. A carioca estudou no Colégio Metropolitano na zona norte do Rio, formada em licenciatura em matemática pela UFRJ, Tecnólogo em informática e atualmente é mestre em Educação Matemática pela Universidade Federal de Juiz de Fora, se dedica à vida acadêmica. Estudando marketing de rede e publicidade pela UFF (Universidade Federal Fluminense). Diretora executiva da empresa Piscitelli Entretenimentos e diretora do site de publicidade piscitellientretenimentos.com. Amante da poesia!

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