RESPIRAR é o novo álbum solo do baterista, cantor e compositor carioca, Guto Goffi (1962), fundador do grupo de rock, Barão Vermelho, que agora apresenta seu quarto disco individual, autoral,. Criado e gravado durante a pandemia de 2020/2021, foi finalizado e lançado em 2023. As composições novas dão sequência ao estilo pessoal do autor, que valoriza bastante o texto nas canções. Nesta obra ainda aparecem outros letristas, como, Cazuza/Frejat, Bilhetinho Azul, “hoje eu acordei com sono, sem vontade de acordar, o meu amor foi embora e só deixou pra mim…” e Rodrigo Pinto/Luís Brasil/Guto Goffi no frevo Duas estrelas caindo, “a vida é pra ser vivida da melhor maneira, subindo e descendo ladeiras, levantando e baixando a poeira” nesta faixa com o “feat” de Armandinho Macedo na guitarra baiana, Daúde que canta lindamente e Luís Brasil, que foi o arranjador da faixa. Ainda tem uma bela homenagem ao poeta Mauro Santa Cecília/Guto Goffi, Fôlego, “todo mundo de alguma forma respira, todo mundo de alguma forma inspira”, , “O novo trabalho conta com as participações especiais de alguns músicos do Bando do Bem, que acompanha o artista desde 2016, e traz também, Arnaldo Brandão (baixo), como participação na faixa que abre o álbum, “o que eu quero alimenta a busca, a busca alimenta o império, o império alimenta o sábio, o sábio alimenta o esperto”Quem alimenta quem? Guto Goffi/Arnaldo Brandão, e de Nani Dias, d’Os Britos na guitarra.
O guitarrista carioca, Claudio Gurgel também participa do disco, hora tocando, hora compondo, como acontece em Corações solidários Cláudio Gurgel/Guto Goffi “sentimentos pra misturar aquela energia de dentro, as ondas que me levam pra vida, e os ventos que me alinham no centro”
O fato do disco ter sido gravado no período pandêmico, obrigou Guto Goffi a dar soluções caseiras para as novas músicas, ele usou e abusou dos instrumentos virtuais, tocando teclados, metais, cordas, programando ritmos e percussões, MÍDI. Foi um bom desafio embora prefira trabalhar sempre com banda. De certa forma esse jeito de fazer música, barateou bastante a empreitada sonora. O disco termina com a faixa composta pelo austríaco, Franz Xaver Gruber “Stille nacht”, Noite Feliz, a primeira a ser gravada na pandemia e que clama por paz e esperança, composta em 1818. Agora é respirar e curtir os frutos de mais um novo disco solo. Esse com a letra “R”